segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Parodia sobre o conhecimento

  Parodia                                                                          Original
 Quem espera que a vida                                        Quem espera que a vida
 Seja representação                                                     seja feita de ilusão 
 Tem que ter o objeto                                                  Pode até ficar maluco
e também compreensão                                          Ou viver na solidão
Só o sujeito que conhece                                      É preciso ter cuidado
Poderá descrever                                                      Pra mais tarde não sofrer
É preciso capacidade pra entender                           É preciso saber viver...
Se o logo afirma agora                                               Toda pedra no caminho
Que sentido é o principal                                            Você pode retirar
para nós pode vir a mente                                    Numa flor que tem espinhos
sem sentido ou temporal                                              Você pode se arranhar
se em que sentido a razão existe                             Se o bem e o mau existem
Você pode escolher                                                   Você pode escolher
É preciso capacidade pra entender                            É preciso saber viver...
É preciso capacidade pra entender                            É preciso saber viver!
É preciso capacidade pra entender                            É preciso saber viver!
Pra entender                                                         É preciso saber viver!
Pra entender                                                         Saber viver!...
Quem espera que a vida                                       Toda pedra do caminho
Seja representação                                                   Você pode retirar
Tem que ter o objeto                                                 Numa flor que tem espinhos
e também compreensão                                         Você pode se arranhar
só o sujeito que conhece                                             Se o bem e o mau existem
Poderá descrever                                                     Você pode escolher
É preciso capacidade pra entender                            É preciso saber viver...
É preciso capacidade pra entender                            É preciso saber viver!
É preciso capacidade pra entender                            É preciso saber viver!
É preciso capacidade pra entender                            É preciso saber viver!
Pra entender!! Pra entender!!                               Saber viver! Saber viver!...(2x)

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Conhecimento da Verdade.

O conhecimento é a única porta de acesso à verdade.  Sem ele é praticamente impossível evoluir e a recusa ao seu acesso é um gesto de rebeldia e indiferença contra as leis do Universo. Quando aceitamos o conhecimento, reconhecemos que precisamos progredir intelectualmente e nos transformar espiritualmente, atitude que significa sempre luz e bem-aventurança. Significa também comprometimento, já que a posse do mesmo nos torna responsáveis pelas implicações dessas informações, seja em no plano individual, seja no coletivo. Quando recusamos o conhecimento, negamos a necessidade de progredir e bloqueamos a nossa maturação espiritual. Sofremos, quase sempre, as conseqüências negativas desse gesto, geralmente um sentimento de culpa e uma sensação de impotência diante das situações delicadas e desafiadoras. 

Mas Deus sempre insiste e renova constantemente as possibilidades de acesso à Verdade. Essas oportunidades são praticamente inesgotáveis, mesmo quando estamos mergulhados em provações ou em graves processos expiatórios. Esta a essência das bem-aventuranças, conselhos sábios para todos aqueles que recusaram a luz do conhecimento ou então , mais grave ainda, impediram que seus semelhante não tivessem a cesso à ela.

Assim como são verdadeiras as cores do arco-íris, e inegáveis as sonoridades das notas musicais, sete também são os tipos de conhecimentos manifestados na experiência humana : 
  • O Conhecimento MÁGICO (descoberta instintiva): os seres primitivos, ainda muito influenciados pelo instinto animal, descobrem de maneira mágica e infantil os fenômenos e recursos da Natureza. Era Pré-Histórica
  • O Conhecimento EMPÍRICO: adquirido pelo esforço da experiência prática. Exemplo: o mecânico quando busca solução para o conserto ou construção de uma máquina; o lavrador quando desenvolve uma variedade de sementes. Era Agrícola.
  • O Conhecimento REVELADO (transcendente): adquirido através das manifestações para-normais. Exemplo: as revelações religiosas históricas da Bíblia, do budismo, etc. Era Teológica.
  • O Conhecimento LÓGICO-RACIONAL (relação de causa e efeito): adquirido pela observação repetitiva dos fenômenos. Exemplo: os cientistas quando estudam os fenômenos da Natureza no ambiente ou no laboratório. Era da Razão.
  • O Conhecimento EXPERIMENTAL: obtido pela observação sistemática e metodológica da pesquisa científica. Tese, antítese e síntese. Era Industrial. Era Positiva.
  • O Conhecimento INTUITIVO: domínio do Superconsciente e das inteligências voltadas para os problemas subjetivos, interiores e espirituais. Era Psicológica e Espiritual.
A inter-relação desses conhecimentos é que forma o conjunto de CONCEITOS que temos sobre as coisas, isto é, a definição mais próxima que temos da Verdade. Quanto mais distante da verdade for o conhecimento, mais ele manifesta-se como PRÉ-CONCEITO, isto é, algo não definido, falso e mal formulado. 

Na sua formação mental e social o ser humano desenvolve os VALORES para o exercício do juízo nas escolhas e decisões. É nesse percurso que desenvolvemos também os preconceitos mais comuns: raça, cor, sexo, origem, classe, profissão, religião, opinião, comportamento, gosto, condição pessoal, etc.  Muitos deles são adquiridos de forma inconsciente e por isso manifestam-se também de forma inconsciente, sem o nosso controle. Qualquer situação ou atitude que se choca  com os nossos VALORES desperta uma reação de defesa em forma de preconceito.

A distinção entre o preconceito e o conceito geralmente é obtida pela postura crítica (capacidade de observância e percepção), distinguindo o que é ESSENCIAL do que é SUPERFICIAL.  Isso só não acontece quando nos sentimos ameaçados ou quando aplicamos uma análise crítica da situação. Mas a postura crítica não ocorre somente no terreno lógico-racional (causa e efeito ou tese, antítese e síntese); ocorre também no plano emocional, pois é nele que estão gravados os preconceitos mais graves, onde nossas rejeições se manifestam de forma mais agressiva, ainda que camufladas. Nesse caso, o caminho mais seguro para evitar ataques inconseqüentes é sempre a auto-crítica e o auto-conhecimento. Quando deixamos a nossa emoção avaliar determinas situações quase s empre fazemos julgamentos (gosto ou não gosto) e conseqüentemente condenamos ou absolvemos de acordo com os nossos valores, que nem sempre são os mais corretos. Querer conhecer e criticar os outros é sempre um risco de julgamento superficial e projeção equivocada dos nossos limites e defeitos.  Para não julgar, nem cair em erro, é preferível sempre aceitar. E aceitar não quer dizer concordar nem aplaudir, mas simplesmente não julgar.  Essa foi a experiência que os grandes sábios se esforçaram para ensinar aos seres humanos a idéia de Vida Plena, ou seja, a aquisição de graus mais elevados de consciência e felicidade. Nas parábolas e exemplos desses sábios de todos os tempos encontramos sempre preciosos antídotos contra os preconceitos, quase sempre identificados nos personagens ou nas situações por eles relatadas. 

A palavra verdade pode ter vários significados, desde “ser o caso”, “estar de acordo com os fatos ou a realidade”, ou ainda ser fiel às origens ou a um padrão. Usos mais antigos abarcavam o sentido de fidelidade, constância ou sinceridade em atos, palavras e caráter. Assim, "a verdade" pode significar o que é real ou possivelmente real dentro de um sistema de valores. Esta qualificação implica o imaginário, a realidade e a ficção, questões centrais tanto em antropologia cultural, artes, filosofia e a própriarazão. Como não há um consenso entre filósofos e acadêmicos, várias teorias e visões a cerca da verdade existem e continuam sendo debatidas.
Para Nietzsche, por exemplo, a verdade é um ponto de vista. Ele não define nem aceita definição da verdade, porque não se pode alcançar uma certeza sobre a definição do oposto da mentira. Daí seu texto "como filosofar com o martelo".
Quem concorda sinceramente com uma frase está alegando que ela é verdadeira. A filosofia estuda averdade de diversas maneiras. A metafísica se ocupa da natureza da verdade. A lógica se ocupa da preservação da verdade. A epistemologia se ocupa do conhecimento da verdade.


Fonte:http://www.ieja.org/portugues/Estudos/Artigos/p_conhecimentoeverdade.htm
         
http://pt.wikipedia.org/wiki/Verdade

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Conhecimento

Conhecimento é o ato ou efeito de abstrair idéia ou noção de alguma coisa, como por exemplo: conhecimento das leis; conhecimento de um fato (obter informação); conhecimento de um documento; termo de recibo ou nota em que se declara o aceite de um produto ou serviço; saber, instrução ou cabedal científico (homem com grande conhecimento).














O tema "conhecimento" inclui, mas não está limitado a, descrições, hipóteses, conceitos, teorias, princípios e procedimentos que são ou úteis ou verdadeiros. O estudo do conhecimento é a gnoseologia. Hoje existem vários conceitos para esta palavra e é de ampla compreensão que conhecimento é aquilo que se sabe de algo ou alguém. Isso em um conceito menos específico. Contudo, para falar deste tema é indispensável abordar dado e informação.







Dado é um emaranhado de códigos decifráveis ou não. O alfabeto russo, por exemplo, para leigos no idioma, é simplesmente um emaranhado de códigos sem nenhum significado especifico. Algumas letras são simplesmente alguns números invertidos e mais nada. Porém, quando estes códigos até então indecifráveis, passam a ter um significado próprio para aquele que os observa, estabelecendo um processo comunicativo, obtém-se uma informação a partir da decodificação destes dados. Diante disso, podemos até dizer que dado não é somente códigos agrupados, mas também uma base ou uma fonte de absorção de informações. Então, informação seria aquilo que se tem através da decodificação de dados, não podendo existir sem um processo de comunicação. Essas informações adquiridas servem de base para a construção do conhecimento. Segundo esta afirmação, o conhecimento deriva das informações absorvidas.Se constrói conhecimentos nas interações com outras pessoas, com o meio físico e natural. Podemos conceituar conhecimento da seguinte maneira: conhecimento é aquilo que se admite a partir da captação sensitiva sendo assim acumulável a mente humana. Ou seja, é aquilo que o homem absorve de alguma maneira, através de informações que de alguma forma lhe são apresentadas, para um determinado fim ou não. O conhecimento distingue-se da mera informação porque está associado a uma intencionalidade. Tanto o conhecimento como a informação consistem de declarações verdadeiras, mas o conhecimento pode ser considerado informação com um propósito ou uma utilidade.















A definição clássica de conhecimento, originada em Platão, diz que ele consiste de crença verdadeira e justificada.







O conhecimento não pode ser inserido num computador por meio de uma representação, pois neste caso seria reduzido a uma informação. Assim, neste sentido, é absolutamente equivocado falar-se de uma "base de conhecimento" num computador. No máximo, podemos ter uma "base de informação", mas se é possível processá-la no computador e transformar o seu conteúdo, e não apenas a forma, o que nós temos de facto é uma tradicional base de dados.







Associamos informação à semântica. Conhecimento está associado com pragmática, isto é, relaciona-se com alguma coisa existente no "mundo real" do qual temos uma experiência directa.







O conhecimento pode ainda ser aprendido como um processo ou como um produto. Quando nos referimos a uma acumulação de teorias, idéias e conceitos o conhecimento surge como um produto resultante dessas aprendizagens, mas como todo produto é indissociável de um processo, podemos então olhar o conhecimento como uma atividade intelectual através da qual é feita a apreensão de algo exterior à pessoa.




Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Conhecimento

Senso Comum

Senso comum (ou conhecimento vulgar) é a primeira suposta compreensão do mundo resultante da herança fecunda de um grupo social e das experiências actuais que continuam sendo efetuadas. O senso comum descreve as crenças e proposições que aparecem como normal, sem depender de uma investigação detalhada para alcançar verdades mais profundas como as científicas.














Quando alguém reclama de dores no fígado, esta pessoa pode fazer um chá de boldo que já era usada pelos avós de nossos avós, sem no entanto conhecer o princípio ativo (substância química responsável pela cura) das folhas e seu efeito nas doenças hepáticas. Ao mesmo tempo, quando atravessamos uma rua nós estimamos, sem usar uma calculadora, a distância e a velocidade dos carros que vem em nossa direção. Estes exemplos indicam um tipo de conhecimento que se acumula no nosso cotidiano e é chamado de senso comum e se baseia na tentativa e erro. O senso comum que nos permite sentir uma realidade menos detalhada, menos profunda e imediata e vai do hábito de realizar um comportamento até a tradição que, quando instalada, passa de geração para geração.







No senso comum não há análise profunda e sim uma espontaneidade de ações relativa aos limites do conhecimento do indivíduo que vão passando por gerações, o senso comum é o que as pessoas comuns usam no seu cotidiano, o que é natural e fácil de entender, o que elas pensam que sejam verdades, e que lhe traga resultados práticos herdados pelos costumes.







Existem pessoas que confundem senso comum com crenças, o que é bem diferente. Senso comum é aquilo que a gente aprende em nosso dia a dia e que não precisamos nos aprofundar para obtermos resultados, como por exemplo uma pessoa que vai atravessar uma pista, ela olha para os dois lado, a pessoa não precisa calcular a velocidade média, a distância, ou o atrito que o carro exerce sobre o solo, a pessoa simplesmente olha e decide se dá para atravessar ou se deve esperar.















Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Senso_comum























O senso comum é visto como a compreensão de todas as coisas por meio do saber social, ou seja, é o saber que se adquire através de experiências vividas ou ouvidas do cotidiano. Engloba costumes, hábitos, tradições, normas, éticas e tudo aquilo que se necessita para viver bem.




No senso comum não é necessário que haja um parecer científico para que se comprove o que é dito, é um saber informal que se origina de opiniões de um determinado indivíduo ou grupo que é avaliado conforme o efeito que produz nas pessoas. É um saber imediato, subjetivo, heterogêneo e acrítico, pois se conforma com o que é dito para se realizar, utiliza várias idéias e não busca conhecimento científico para ser comprovado.



De maneira espontânea e sem querer as pessoas utilizam o senso comum a quase todo o momento: Ex: Quando se está com o intestino preguiçoso e a vizinha diz que ameixa e mamão é bom para ajudar o intestino, o que é que se faz? Corre para casa e se empanturra de ameixa e mamão. Isso é senso comum, a utilização de um método criado a partir de uma experiência natural.








O senso comum difere-se em alguns aspectos com a ciência, pois a ciência busca a verdade em todas as coisas por meio de testes e comprovações, enquanto o senso comum é utilizado antes mesmo que se saiba se o método empregado traz o que se espera. A ciência é objetiva, busca critérios, avalia, busca leis de funcionamento, reúne a individualidade existente em cada lei para formar uma só estrutura e isso sem procurar semelhança entre elas, se renova, se modifica e busca sempre se firmar no conhecimento.





Fonte: http://www.mundoeducacao.com.br/filosofia/senso-comum.htm

Conhecimento Teológico e Mítico

Conhecimento teológico










Se o saber da vida se baseia na experiência de vida e é espontâneo, e se o conhecimento mítico fundamenta-se na crença em seres fantásticos, e é elaborado fora da lógica racional, o saber teológico fundamenta-se na fé. É dedutivo por partir de uma realidade universal para representar e atribuir sentido a realidades particulares.







Desse modo, o conhecimento teológico parte da compreensão e da aceitação da existência de um Deus, ou de deuses, os quais constituem a razão de ser de todas as coisas. Esses seres "revelam-se" aos humanos. Dão ao homem e à mulher as suas verdades, as quais se caracterizam por ser indiscutíveis, inquestionáveis. Se assim são, a razão não precisa compreender esses dogmas, mas aceitá-los. É esse processo que o conhecimento teológico investiga e tenta explicar.





Conhecimento adquirido a partir da aceitação de axiomas da fé teológica, é fruto da revelação da divindade, por meio de indivíduos inspirados que apresentam respostas aos mistérios que permeiam a mente humana, “pode ser dados da vida futura, da natureza e da existência do absoluto”.







“A incumbência do Teólogo é provar a existência de Deus e que os textos Bíblicos foram escritos mediante inspiração Divina, devendo por isso ser realmente aceitos como verdades absolutas e incontestáveis.” Hoje diferentemente do passado histórico, a ciência não se permite ser subjugada a influências de doutrinas da fé: e quem está procurando rever seus dogmas e reformulá-los para não se opor a mentalidade científica do homem contemporâneo é a Teologia”. (João Ruiz) Isso, porém é discutível, pois não há nada mais perfeito que a harmonia e o equilíbrio do UNIVERSO, que de qualquer modo está no conhecimento da humanidade, embora esta não tenham mãos que possa apalpá-lo ou olhos que possam divisar seu horizonte infinito... A fé não é cega baseia-se em experiências espirituais, históricas, arqueológicas e coletivas que lhes dá sustentação. O conhecimento pode Ter função de libertação ou de opressão. O conhecimento pode ser libertador não só de indivíduos como de grupos humanos. Nos dias atuais, a detenção do conhecimento é um tipo de poder disputado entre as nações. Contudo o conhecimento pode ser usado como mecanismo de opressão. Quantas pessoas e nações se utilizam do conhecimento que detêm para oprimir?







Para discutir estas questões recém citadas, vê-se a necessidade de instituirmos um novo paradigma para discussão do conhecimento, o conhecimento moderno, entende-se por conhecimento moderno, a discussão em torno do conhecimento. É a capacidade de questionar, avaliar parâmetros de toda a história e reconstruir, inovar e intervir. É válido, que além de discutir os paradigmas do conhecimento, é necessário avaliar o problema específico do questionamento científico, fonte imorredoura da inovação, tornada hoje obsessiva. No entanto, a competência inovadora sem precedentes, pode estar muito mais a serviço da exclusão, do que da cidadania solidária e da emancipação humana. O fato de o mercado neo-liberal estar se dando muito bem com o conhecimento, tem afastado a escola e a universidade das coisas concretas da vida.







O questionamento sempre foi à alavanca crucial do conhecimento, sendo que para mudar alguma coisa é imprescindível desfazê-la em parte ou, com parâmetros, desfazê-la totalmente. A lógica do questionar leva a uma coerência temerária de a tudo desfazer para inovar. Como exemplo a informática, onde cada computador novo é feito para ser jogado fora, literalmente morre de véspera e não sendo possível imaginar um computador final, eterno. E é neste foco que se nos apegarmos á instagnação, também iremos para o lixo. Podemos então afirmar a reconstrução provisória dentro do ponto de vista desconstrutivo, pois tudo que existe hoje será objeto de questionamento, e quem sabe mudanças. O questionamento é assim passível de ser questionado, quando cria um ambiente desfavorável ao homem e à natureza.







É importante conciliarmos o conhecimento com outras virtudes essenciais para o saber humano, como a sensibilidade popular, bom senso, sabedoria, experiência de vida, ética etc. Conhecer é comunicar-se, interagir com diferentes perspectivas e modos de compreensão, inovando e modificando a realidade.







A relação entre conhecimento e democracia, modernamente, caracteriza-se como uma relação intrínseca, o poder do conhecimento se impõe através de varias formas de dominação: econômica, política, social etc. A diferença entre pobres e ricos, é determinada pelo fato de se deter ou não conhecimento, já que o acesso à renda define as chances das pessoas e sociedades, cada vez mais, estas chances serão definidas pelo acesso ao conhecimento. Convencionou-se que em liderança política é indispensável nível superior. E no topo da pirâmide social encontramos o conhecimento como o fator diferencial.







É inimaginável o progresso técnico que o conhecimento pode nos proporcionar, como é facilmente imaginável o risco da destruição total. Para equalizar esta distorção, o preço maior é a dificuldade de arrumar a felicidade que, parceira da sabedoria e do bom senso é muitas vezes desestabilizada pela soberba do conhecimento.







De forma geral podemos dizer que o conhecimento é o distintivo principal do ser humano, são virtude e método central de análise e intervenção da realidade. Também é ideologia com base científica a serviço da elite e/ ou da corporação dos cientistas, quando isenta de valores. E finalmente pode ser a perversidade do ser humano, quando é feito e usado para fins de destruição.





O conhecimento mítico



Trata-se de uma modalidade de conhecimento baseado na intuição e que deriva do entendimento de que existem modelos naturais e sobrenaturais dos quais brota o sentido de tudo o que existe. É um tipo de conhecimento que ajuda o ser humano a "explicar" o mundo por meio de representações que não são logicamente raciocinadas, nem resultantes de experimentações científicas.







O conhecimento mítico é "expresso por meio de linguagem simbólica e imaginária" (CYRINO & PENHA, 1992, p. 14). Assim, ainda que o conhecimento mítico crie representações para atribuir um sentido às coisas, ele ainda se baseia na crença de que seres fantásticos e suas histórias sobrenaturais é que são os responsáveis pela razão de ser do existente.











Fontes: http://www.webartigos.com/articles/2682/1/Introducao-a-Filosofia/pagina1.html#ixzz0x4SjYPYo

http://www.coladaweb.com/filosofia/conhecimento-empirico,-cientifico,-filosofico-e-teologico

Conhecimento Artístico

O conhecimento artístico apresenta-se na forma de um objecto sensível que se gerou e se projecta além da sua sensibilidade, num espaço informe, interior ao artista e ao leitor, diferentemente contudo. Sabemos que a criação é o acto de configuração objectiva da experiência individual. Mas o que é, de facto, o conhecimento artístico? E como partilhá-lo se os objectos artísticos são, eles próprios, o seu próprio saber deles? Ao contrário do conhecimento científico, cuja delimitação do objecto o torna um conhecimento parcelar da realidade, e que procura legislar acerca dos fenómenos observados, descritos e analisados, permitindo-lhe antecipar, dessa forma, as suas ocorrências regulares, o objecto de conhecimento da arte é o todo da experiência humana, esta última sendo o desenvolvimento interior do contacto com o exterior, ao qual o indíviduo acede pelos sentidos. Ao contrário da abstracção filosófica, que «aspira a um conhecimento uno da experiência e do próprio conhecimento, a arte, partindo do todo e acrescentando-se dialecticamente a ele, concretiza-se através da sua existência como corpo objectivo, fruto de uma vivência circunstancialmente "localizada", mesmo se participando do eterno, do infinito e do uno, para citar Shelley,e ainda se musical ou abstracta.








A poesia existe para tentar dar nome ao desconhecido que o poeta ousou. Esse desconhecido não implica, contudo, que a actividade do poeta haja de procurar mover-se para fora da sua experiência no mundo. É, sobretudo, uma tentativa de formar pela linguagem o não-nomeado, «um excedente de vida interna. A partir do momento em que a obra existe, o irreconhecível passou a ser forma pela sensibilidade das palavras, tornando-se conhecimento, «porque o/ virtual de um pensamento, se tornou ali/ uma evidência: se tornou concreto.



O poeta tem, implícita ou explicitamente, a consciência da diversidade e do inexacto. Só se percebe a necessidade de criação, no entendimento de que é da natureza da linguagem diagnosticar-nos os sentidos, remetendo para uma forma conhecida todo o diálogo possível com o real. Por isso, no sentido em que a poesia é uma forma de conhecimento, o poeta compreende que corporizar o excesso (o que ainda não fora dito, o informe) é construir algo mais do que um alomorfe de uma, digo, arqui-forma. É, no fundo, o construir de uma arqui-visão do mundo, o poema, que compreenda o profundo de um mergulho além do mais periférico do expressável. A nova forma, como superar do perfeito reconhecível, é, então, no seu escopo, um lugar para onde flui o dizível da experiência. Em cada forma se desloca, assim, os limites do finito do conhecimento, infinitamente. O desejo de conhecer, de tornar conhecimento, tornou necessária uma nova existência objectiva, porque, entenda-se, «(...)a poesia não é uma maneira complicada e difícil de dizer coisas que podem ser ditas de maneira simples e fácil - mas é, acima de tudo, uma maneira de dizer o que não pode ser dito de outra maneira, num mundo ameaçado por todo o tipode silêncios e totalitarismos de linguagem, da consciência e do sentido. A poesia é o reino maravilhoso onde a língua do nosso corpo e do nosso quotidiano intersubjectivo encontra novas e ilimitadas possibilidades de formular o sentido e de assim alargar as fronteiras do mundo em que vivemos e nos formamos. Se, como dizia Wittgenstein, os limites da nossa linguagem são os limites do nosso mundo, a poesia dá-no a conhecer o infinito da nossa linguagem e do nosso mundo, permitindo-nos por essa via formular o informulável das coisas e dos seres e conceber um mundo mais livre e possível.



A vida, fonte e fim inesgotável de criação, «prostituta ingénua que, por momentos, terá olhos maternais, é sempre como quem escuta, virgem, a voz que irrompe fulgurante, qual primeiro vagido que diz só: um sentido que se enovela dentro do seu próprio dizer, a quem não pesa a gravidade das coisas que foram já nomeadas.



Fonte: http://web.letras.up.pt/primeiraprova/conhecimento.htm





O conhecimento artístico





Embora pareça um assunto datado, é recente a valorização da criatividade e da imaginação como elementos constitutivos do conhecimento. A arte, no entanto, não reflete uma forma de conhecimento que se encerra em si, pois a partir dela é possível alcançar novas formas de experiência humana.

Durante muitos anos, a visão positivista do conhecimento colocou a ciência no topo de uma pirâmide. Logo abaixo dela, vinham conhecimentos tidos como inferiores, como a filosofia, a religião e o empirismo (chamado de conhecimento vulgar). Atualmente, filósofos e cientistas começam a concordar que existem outras forma de explicar o mundo tão importantes quanto a ciência. Uma dessas formas, ainda um tanto desvalorizada, é a arte. Em filmes, quadros, livros e até histórias em quadrinhos pode estar a chave para compreender o homem e o mundo em que vivemos.









Edgar Morin a acredita que a arte é um elemento essencial para analisar a condição humana. No livro “A cabeça bemfeita”, ele diz que os romances e os filmes põem à mostra as relações do ser humano com o outro, com a sociedade e o mundo: “O romance do século XIX e o cinema do século XX transportam-nos para dentro da História e pelos continentes, para dentro das guerras e da paz. E o milagre de um grande romance, como de um grande filme, é revelar a universalidade da condição humana”. Assim, em toda grande obra, seja de literatura, poesia, cinema, música, pintura ou escultura, há um profundo pensamento sobre a condição humana. Entretanto, essa maneira de ter contato com o mundo representado pela arte foi marginalizada durante décadas.







Origens do preconceito







O Círculo de Viena a, importante grupo de intelectuais do início do século XX , acreditava que a imaginação era um corpo estranho à ciência, um parasita que devia ser eliminado por aqueles que pretendem fazer uma pesquisa séria. Numa época em que a ciência era tida como a única forma válida de explicar o mundo, isso equivalia a uma sentença de morte contra a imaginação e a criatividade. O mesmo Edgar Morin, agora no livro “Introdução ao pensamento complexo”, explica que a imaginação, a iluminação e a criação, sem as quais o progresso da ciência não teria sido possível, só entravam na ciência às escondidas. Eram condenáveis como forma de se chegar a um conhecimento sobre o mundo.







A valorização da criatividade e da imaginação só aconteceu muito recentemente. O filósofo Karl Popper, por exemplo, ao observar as pesquisas de Einstein, que considerava o mais importante cientista do século XX , percebeu que toda descoberta desse cientista encerrava um “elemento irracional”, uma “intuição criadora”.







O trabalho do pensador alemão Thomas Kuhn, ao demonstrar os aspectos sociais e históricos na construção do conhecimento científico, abriu caminho para que a arte fosse resgatada como forma de conhecimento. Afinal, se o cientista é influenciado pelo mundo em que vive, ele também é influenciado pelos romances que lê, pelos filmes que assiste e até pelas músicas que ouve.







No Brasil, um livro importante para a aceitação da arte como forma de conhecer o mundo foi “A Pesquisa em Arte”, de Silvio Zamboni. Na obra, o autor argumenta que a arte não só é um conhecimento por si só, como também pode constituir-se em importante veículo para outros tipos de conhecimentos, pois extraímos dela uma compreensão da experiência humana e de seus valores.







Intuição







A aceitação da arte como conhecimento implica a necessidade de compreender como essa manifestação se desenvolve. Sabese que existe um lado racional na produção artística, mas também existe um componente não racional e, portanto, difícil de ser verbalizado. Uma das obras mais relevantes para a compreensão desse processo é o livro “Desenhando com o lado direito do cérebro”, de Betty Edwards. Baseando-se em pesquisas científicas sobre a constituição do cérebro, ela percebeu que, geralmente, o hemisfério esquerdo é dominante na maioria das pessoas, o que dificulta a livre expressão da criatividade, já que o lado esquerdo é racional, lógico e analítico, enquanto o lado direito é intuitivo e criador.



fontes: http://conhecimentopratico.uol.com.br/filosofia/ideologia-sabedoria/17/artigo134597-1.asp

Conhecimento Científico

O conhecimento científico é real (factual) porque lida com ocorrências ou fatos, isto é, com toda "forma de existência que se manifesta de algum modo" (Trujillo, 1974:14).










Constitui um conhecimento contingente, pois suas preposições ou hipóteses têm a sua veracidade ou falsidade conhecida através da experimentação e não apenas pela razão, como ocorre no conhecimento filosófico.







É sistemático, já que se trata de um saber ordenado logicamente, formando um sistema de idéias (teoria) e não conhecimentos dispersos e desconexos.











Possui a característica da verificabilidade, a tal ponto que as afirmações (hipóteses) que não podem ser comprovadas não pertencem ao âmbito da ciência.







Constitui-se em conhecimento falível, em virtude de não ser definitivo, absoluto ou final e, por este motivo, é aproximadamente exato: novas proposições e o desenvolvimento de técnicas podem reformular o acervo de teoria existente.







(Lakatos, Eva M. e Marconi, Marina A., "Metodologia Científica", Editora Atlas S.A., São Paulo SP. 1991, p.17)











"A investigação científica se inicia quando se descobre que os conhecimentos existentes, originários quer das crenças do senso comum, das religiões ou da mitologia, quer das teorias filosóficas ou científicas, são insuficientes e imponentes para explicar os problemas e as dúvidas que surgem". (p. 30)







"Nesse sentido, iniciar uma investigação científica é reconhecer a crise de um conhecimento já existente e tentar modificá-lo, ampliá-lo ou substituí-lo, criando um novo que responda à pergunta existente". (p. 30)







"O conhecimento científico, na sua pretensão de construir uma resposta segura para responder às dúvidas existentes, propõe-se atingir dois ideais: o ideal da racionalidade e o ideal da objetividade". (p. 30)















"O ideal da racionalidade está em atingir uma sistematização coerente do conhecimento presente em todas as suas leis e teorias. (...) A ciência, no momento em que sistematiza as diferentes teorias, procura uni-las estabelecendo relações entre um e outro enunciado, entre uma e outra lei, entre uma e outra teoria, entre um e outro campo da ciência, de forma tal que se possa, através dessa visão global, perceber as possíveis inconsistências e corrigi-las". (p. 31)



















"Essa verificação da coerência lógica entre os enunciados, ou entre teorias e leis, é um dos mecanismos que fornece um dos padrões de aceitação ou rejeição de uma teoria pela comunidade científica: os padrões da verdade sintática. Os enunciados científicos devem ser isentos de ambigüidade e de contradição lógica. É uma das condições necessárias, embora não suficiente". (p. 31)







"O ideal da objetividade, por sua vez, pretende que as teorias científicas, como modelos teóricos representativos da realidade, sejam construções conceituais que representam com fidelidade o mundo real, que contenham imagens dessa realidade que sejam "verdadeiras", evidentes, impessoais, passíveis de serem submetidas a testes experimentais e aceitas pela comunidade científica como provadas em sua veracidade. Esse é o mecanismo utilizado para avaliar a verdade semântica". (p. 32)







"A ciência exige o confronto da teoria com os dados empíricos, exige a verdade semântica, como um dos mecanismo utilizados para justificar a aceitabilidade de uma teoria. Esse fator, por si só, porém, não garante a objetividade do conhecimento científico. Apesar de a ciência trabalhar com dados, provas factuais, ela não fica isenta de erros na interpretação dessas provas. Por mais que se esforce, o cientista, o investigador, estará sendo sempre influenciado por uma ideologia, por uma visão de mundo, pela sua formação, pelos elementos culturais e pela época em que vive. (p. 32)







" Ao contrário do senso comum, portanto, o conhecimento científico não aceita a opinião ou o sentimento de convicção como fundamento para justificar a aceitação de uma afirmação. Requer a possibilidade de testes experimentais e da avaliação de seus resultados poder ser feita de forma intersubjetiva". (p. 32)































"Ao contrário do que costuma acontecer no senso comum, a linguagem do conhecimento científico utiliza enunciados e conceitos com significados bem específicos e determinados. A significação dos conceitos é definida à luz das teorias que servem de marcos teóricos da investigação, proporcionando-lhes, desta forma, um sentido unívoco, consensual e universal. A definição dos conceitos, elaborada à luz das teorias, transforma-os em construtos, isto é, em conceitos que têm uma significação unívoca convencionalmente construída e dessa forma universalmente aceita pela comunidade científica". (p. 33)



"Os conhecimentos de hoje se sustentam, em grande parte, no aperfeiçoamento, na correção, expansão ou substituição dos conhecimentos do passado". (p. 36)







"O que distingue o conhecimento científico dos outros, principalmente do senso comum, não é o assunto, o tema ou o problema. O que distingue é a forma especial que adota para investigar os problemas. Ambos podem ter o mesmo objeto de conhecimento. A atitude, a postura científica consiste em não dogmatizar os resultados das pesquisas, mas tratá-los como eternas hipóteses que necessitam de constante investigação e revisão crítica intersubjetiva é que torna um conhecimento objetivo e científico. Ter espírito científico é estar exercendo esta constante crítica e criatividade em busca permanente da verdade, propondo novas e audaciosas hipóteses e teorias e expondo-as à critica intersubjetiva. O oposto ao espírito científico é o dogmático, que impede a crítica por se julgar auto-suficiente e clarividente na sua compreensão da realidade. O conhecimento científico é, pois, o que é construído através de procedimentos que denotem atitude científica e que, por proporcionar condições de experimentação de suas hipóteses de forma sistemática, controlada e objetiva e ser exposto à crítica intersubjetiva, oferece maior segurança e confiabilidade nos seus resultados e maior consciência dos limites de validade de suas teorias". (p. 37)







Exemplo de conhecimento científico: "Os planetas giram em torno do Sol em órbitas elipticas, com o Sol ocupando um de seus focos."



Fonte: http://www.das.ufsc.br/~cancian/ciencia/ciencia_conhecimento_cientifico.html







O conhecimento científico é fáctico: Parte dos factos, respeita-os até certo ponto e sempre retorna a eles. A ciência procura descobrir os factos tais como são, independentemente do seu valor emocional ou comercial: a ciência não poetiza os factos. Em todos os campos, a ciência começa por estabelecer os factos: isto requer curiosidade impessoal, desconfiança pela opinião prevalecente e sensibilidade à novidade. (...)





Nem sempre é possível, nem sequer desejável, respeitar inteiramente os factos quando se analisam, e não há ciência sem análise, mesmo quando a análise é apenas um meio para a reconstrução final do todo. O físico perturba o átomo que deseja espiar; o biólogo modifica e pode inclusive matar o ser vivo que analisa; o antropólogo, empenhado no seu estudo de campo de uma comunidade, provoca nele certas modificações. Nenhum deles apreende o seu objecto tal como é, mas tal como fica modificado pela suas próprias operações. (...) O conhecimento científico transcende os factos: põe de lado os factos, produz factos novos e explica-os. O senso comum parte dos factos e atém-se a eles: amiúde, limita-se ao facto isolado, sem ir muito longe no trabalho de o correlacionar com outros, ou de o explicar. Pelo contrário, a investigação científica não se limita aos factos observados: os cientistas exprimem a realidade a fim de ir mais além das aparências; recusam o grosso dos factos percebidos, por serem um montão de acidentes, seleccionam os que julgam relevantes, controlam factos e, se possível, reproduzem-nos. Inclusive, produzem coisas novas, desde instrumentos até partículas elementares; obtêm novos compostos químicos, novas variedades vegetais e animais e, pelo menos em princípio, criam novas regras de conduta individual e social. (...)



Há mais: o conhecimento científico racionaliza a experiência, em vez de se limitar a descrevê-la; a ciência dá conta dos factos, não os inventariando, mas explicando-os por meio de hipóteses (em particular, enunciados e leis) e sistemas de hipóteses (teorias). Os cientistas conjecturam o que há por detrás dos factos observados e, em seguida, inventam conceitos (como os de átomo, campo, classe social, ou tendência histórica), que carecem de correlato empírico, isto é, que não correspondem a perceptos, ainda que presumivelmente se referem a coisas, qualidades ou relações existentes objectivamente. (...)







A investigação científica é especializada: uma consequência da focagem científica dos problemas é a especialização. Não obstante a unidade do método científico, a sua aplicação depende, em grande medida, do assunto; isto explica a multiplicidade de técnicas e a relativa independência dos diversos sectores da ciência. (...) A especialização não impediu a formação de campos interdisciplinares, como a biofísica, a bioquímica, a psicofisiologia, a psicologia social, a teoria da informação, a cibernética ou a investigação operacional. Contudo, a especialização tende a estreitar a visão do cientista individual (...).







O conhecimento científico é claro e preciso: os seus problemas são distintos, os seus resultados são claros. (...) A ciência torna preciso o que o senso comum conhece de maneira nebulosa. (...)







O conhecimento científico é comunicável: não é inefável, mas expressável; não é privado, mas público. A linguagem científica comunica informações a quem quer que tenha sido preparado para a entender. (...) O que é inefável pode ser próprio da poesia ou da música, não da ciência, cuja linguagem é informativa e não expressiva ou imperativa. (...)







O conhecimento científico é verificável: deve passar pelo exame da experiência. Para explicar um conjunto de fenómenos, o cientista inventa conjecturas fundadas de algum modo no saber adquirido. As suas suposições podem ser cautelosas ou ousadas, simples ou complexas; em todo o caso, devem pôr-se à prova. O teste das hipóteses fácticas é empírico, isto é, observacional ou experimental. (...) Nem todas as ciências podem experimentar; e em certas áreas da astronomia e da economia, alcança-se uma grande exactidão sem ajuda da experimentação. (...)







A investigação científica é metódica: não é errática, mas planeada. Os investigadores não tacteiam na obscuridade; sabem o que buscam e como o encontrar. A planificação da investigação não exclui o azar; só que, ao deixar lugar para os acontecimentos imprevistos, é possível aproveitar a interferência do azar e a novidade inesperada. (...)



Todo o trabalho de investigação se baseia no conhecimento anterior e, em particular, nas conjecturas melhor confirmadas. (...) Mais ainda, a investigação procede de acordo com regras e técnicas que se revelaram eficazes no passado, mas que são aperfeiçoadas continuamente, não só à luz de novas experiências, mas também de resultados do exame matemático e filosófico.







O conhecimento científico é sistemático: uma ciência não é um agregado de informações desconexas, mas um sistema de ideias ligadas logicamente entre si. Todo o sistema de ideias, caracterizado por um certo conjunto básico (mas refutável) de hipóteses peculiares, e que procura adequar-se a uma classe de factos, é uma teoria. (...)



O carácter matemático do conhecimento científico -- isto é, o facto de ser fundado, ordenado e coerente -- é que o torna racional. A racionalidade permite que o progresso científico se efectue não só pela acumulação gradual de resultados, mas também por revoluções. (...)







O conhecimento científico é geral: situa os factos singulares em hipóteses gerais, os enunciados particulares em esquemas amplos. O cientista ocupa-se do facto singular na medida em que este é membro de uma classe, ou caso de uma lei; mais ainda, pressupõe que todo o facto é classificável, o que ignora o facto isolado. Por isso, a ciência não se serve dos dados empíricos -- que sempre são singulares -- como tais; estes são mudos enquanto não se manipulam e convertem em peças de estrutura teóricas. (...)







O conhecimento científico é legislador: busca leis (da natureza e da cultura) e aplica-as. O conhecimento científico insere os factos singulares em regras gerais chamadas "leis naturais" ou "leis sociais". Por detrás da fluência ou da desordem das aparências, a ciência factual descobre os elementos regulares da estrutura e do processo do ser e do devir. (...)







A ciência é explicativa: tenta explicar os factos em termos de leis e as leis em termos de princípios. Os cientistas não se conformam com descrições pormenorizadas; além de inquirir como são as coisas, procuram responder ao porquê: porque é que ocorrem os factos tal como ocorrem e não de outra maneira. A ciência deduz as proposições relativas aos factos singulares a partir de leis gerais, e deduz as leis a partir de enunciados nomológicos ainda mais gerais (princípios).







O conhecimento científico é preditivo: transcende a massa dos factos de experiência, imaginando como pode ter sido o passado e como poderá ser o futuro. A previsão é, em primeiro lugar, uma maneira eficaz de pôr à prova as hipóteses; mas também é a chave do controlo ou ainda da modificação do curso dos acontecimentos. A previsão científica, em contraste com a profecia, funda-se em leis e em informações específicas fidedignas, relativas ao estado de coisas actual ou passado. (...)







A ciência é aberta: não reconhece barreiras a priori, que limitem o conhecimento: Se o conhecimento fáctico não é refutável em princípio, então não pertence à ciência, mas a algum outro campo. As noções acerca do nosso meio natural ou social, ou acerca do nosso eu, não são finais; estão todas em movimento, todas são falíveis. Sempre é possível que possa surgir uma nova situação (novas informações ou novos trabalhos teóricos) em que as nossas ideias, por firmemente estabelecidas que pareçam, se revelem inadequadas em algum sentido. A ciência carece de axiomas evidentes; inclusive, os princípios mais gerais e seguros são postulados que podem ser corrigidos ou substituídos. Em virtude do carácter hipotético dos enunciados de leis, e da natureza perfectível dos dados empíricos, a ciência não é um sistema dogmático e fechado, mas controvertido e aberto. Ou melhor, a ciência é aberta como sistema, porque é falível, por conseguinte, capaz de progredir.





Fonte; http://ocanto.esenviseu.net/apoio/ciencia1.htm

Conhecimento Filosófico

O conhecimento filosófico tem por origem a capacidade de reflexão do homem e por instrumento exclusivo do raciocínio. Como a Ciência não é suficiente para explicar o sentido geral do universo, o homem tenta essa explicação através da Filosofia. Filosofando, ele ultrapassa os limites da Ciência – delimitado pela necessidade da comprovação concreta – para compreender ou interpretar a realidade em sua totalidade. Mediante a Filosofia estabelecemos uma concepção geral do mundo.








Tendo o homem como tema permanente de suas considerações, o filosofar pressupõe a existência de um dado determinado sobre o qual refletir, por isso apóia-se nas ciências. Mas sua aspiração ultrapassa o dado científico, já que a essência do conhecimento filosófico é a busca do “saber” e não sua posse. Tratando de compreender a realidade dos problemas mais gerais do homem e sua presença no universo, a Filosofia interroga o próprio saber e transforma-o em problema. É, sobretudo, especulativa, no sentido de que suas conclusões carecem de prova material da realidade. Mas, embora a concepção filosófica não ofereça soluções definitivas para numerosas questões formuladas pela mente, ela traduz em ideologia. E como tal influi diretamente na vida concreta do ser humano, orientando sua atividade prática e intelectual.



[Autor: Lizie Cristine da Cunha - Lido: 82504 Vezes - Categoria: Fatos Gerais]



Mais ligado à construção de idéias e conceitos. Busca as verdades do mundo por meio da indagação e do debate; do filosofar. Portanto, de certo modo assemelha-se ao conhecimento científico - por valer-se de uma metodologia experimental -, mas dele distancia-se por tratar de questões imensuráveis, metafísicas. A partir da razão do homem, o conhecimento filosófico prioriza seu olhar sobre a condição humana.

É o conhecimento que se baseia no filosofar, na interrogação como instrumento para decifrar elementos imperceptíveis aos sentidos, é uma busca partindo do material para o universal, exige um método racional, diferente do método experimental (científico), levando em conta os diferentes objetos de estudo.









Emergente da experiência, “suas hipóteses assim como seus postulados, não poderão ser submetidos ao decisivo teste da observação”. O objeto de análise da filosofia são idéias, relações conceptuais, exigências lógicas que não são redutíveis a realidades materiais e, por essa razão, não são passíveis de observação sensorial direta ou indireta (por instrumentos), como a que é exigida pelo conhecimento científico. Hoje, os filósofos, além das questões metafísicas tradicionais, formulam novas questões: A maquina substituirá quase totalmente o homem? A clonagem humana será uma prática aceita universalmente? O conhecimento tecnológico é um benefício para o homem? Quando chegará a vez do combate à fome e à miséria? Etc.



Fonte: http://www.coladaweb.com/filosofia/conhecimento-empirico,-cientifico,-filosofico-e-teologico



A tarefa da filosofia





A filosofia é um modo de pensar, é uma postura diante do mundo. A filosofia não é um conjunto de conhecimentos prontos, um sistema acabado, fechado em si mesmo. Ela é, antes de mais nada, uma prática de vida que procura pensar os acontecimentos além de sua pura aparência. Assim, ela pode se voltar para qualquer objeto. Pode pensar a ciência, seus valores, seus métodos, seus mitos; pode pensar a religião; pode pensar a arte; pode pensar o próprio homem em sua vida cotidiana. Uma história de quadrinhos ou uma canção popular podem ser objeto da reflexão filosófica.



A filosofia é um jogo irreverente que parte do que existe, critica, coloca em dúvida, faz perguntas inoportunas, abre a porta das possibilidades, faz-nos entrever outros mundos e outros modos de compreender o mundo.



A filosofia incomoda porque questiona o modo de ser das pessoas, das culturas, do mundo. Questiona as práticas política, científica, técnica, ética, econômica, cultural e artística. Não há área onde ela não se meta, não indague, não perturbe. E, nesse sentido, a filosofia é perigosa, subversiva, pois vira a ordem estabelecida de cabeça para baixo(...).



Quando a filosofia surge, entre os gregos, no século VI a.C., ela engloba tanto a indagação filosófica propriamente dita quanto o que hoje chamamos de conhecimento científico. O filósofo teorizava sobre todos os assuntos, procurando responder não só ao porquê das coisas, mas, também, ao como, ou seja, ao funcionamento(...).





É só a partir do século XVII, com Galileu e o aperfeiçoamento do método científico, fundado na observação, experimentação e matematização dos resultados, que a ciência começa a se constituir como forma específica de abordagem do real e a se destacar da fiolosofia. Aparecem pouco a pouco, as ciências particulares, específicas(...).



A filosofia trata dessa mesma realidade, mas, em vez de fragmentá-la me conhecimentos particulares, toma-a como totalidade de fenômenos, ou seja, considera a realidade a partir de uma visão de conjunto. Qualquer que seja o problema, a reflexão filosófica considera cada um de seus aspectos, relacionando-o ao contexto dentro do qual ele se insere e restabelecendo a integridade do universo humano(...).



É por isso que, sem desmerecer o conhecimento especializado buscado pelas várias ciências, defendemos a necessidade da reflexão filosófica, reflexão esta que faz a crítica dos fundamentos do conhecimento e da ação humanos. Cabe ao filósofo refletir sobre o que é ciência, o que é método científico, sua validade e limites. A ciência é realmente um conhecimento objetivo? O que é objetividade e até que ponto um sujeito histórico – o cientista – pode ser objetivo? Cabe ao filósofo, também, refletir sobre a condição humana atual: o que é o homem? O que é liberdade? O que é trabalho? Quais as relações entre homem e trabalho? etc. Nem mesmo a escola foge ao crivo da reflexão filosófica: para que exista, é necessário que partamos de uma visão de homem como ser incompleto, portanto, educável(...) Para que o ser humano é educado? Para o pleno exercício da liberdade e da responsabilidade ou só para se manter dentro da ordem estabelecida? Em outras palavras, educamos para que cada homem saiba pensar por si próprio ou para que saiba aceitar as regras que outros pensaram para ele?







Características do pensamento filosófico







O trabalho do filósofo é refletir sobre a realidade, qualquer que ela seja, des-cobrindo seus significados mais profundos.



Como isto é feito?



Em primeiro lugar, vamos estabelecer o que é reflexão. Refletir é pensar, considerar cuidadosamente o que já foi pensado. Como um espelho que reflete a nossa imagem, a reflexão do filósofo deixa ver, revela, mostra, traduz os valores envolvidos nos acontecimentos e nas ações humanas.



Para chegar a essa revelação, a reflexão filosófica, segundo Demerval Saviani, deve ser:



• Radical – ou seja, chegar até a raiz dos acontecimentos, isto é, aos seus fundamentos; à sua origem, não só cronológica, mas no sentido de chegar aos valores originais que possibilitaram o fato. A reflexão filosófica, portanto, é uma reflexão em profundidade.



• Rigorosa – isto é, seguir um método adequado ao objeto de estudo, com todo o rigor, colocando em questão as respostas mais superficiais, comuns à sabedoria popular e a algumas generalizações científicas apressadas.



• De conjunto – como já foi dito anteriormente, a filosofia não considera os problemas isoladamente, mas dentro de um conjunto de fatos, fatores e valores que estão relacionados entre si. A reflexão filosófica contextualiza os problemas tanto verticalmente, dentro do desenvolvimento histórico, quanto horizontalmente, relacionando-os a outros aspectos da situação da época.







Assim, embora os sistemas filosóficos possam chegar a conclusões diversas, dependendo das premissas de partida e da situação histórica dos próprios pensadores, o processo filosófico será sempre marcado por essas características, resultando em uma reflexão rigorosa, radical e de conjunto.







(Texto extraído para fins didáticos de ARANHA, Maria Lúcia de Arruda e MARTINS, Maria Helena Pires. Temas de Filosofia. Editora Moderna: São Paulo, 1993)